domingo, 17 de setembro de 2017

O vento percorre o campo


O vento dorme em sua
canção de beijos e legumes,
sussurrando ondas e dores,
sendo e não sendo anal, aberta.

O vento segue e canta as
feridas que faz nos gravetos,
tombando as árvores
com sua mística rústica,
estrela  invísivel do cosmo,

o vento percorre o
sim e o não,
refrescando as bocas,
os mares, as pessoas,
os poetas que seguem,

enquanto o vento
dorme dentro das mãos,
sacudindo poeira,
levantando orvalhos,
tragando a surdez do mel
e o lírio do metal.

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