...metáforas...metáforas... metáforas...
Os livros na cama
gemem mundos estranhos.
Poetas antigos, estranhos
sonhos de outros mundos.
A caneta é azul,
vermelha, não verde.
Uma mariposa risca
o ar, entrando no poema
seco, lento, fixo.
O poeta escreve na
solidão do quarto
suas palavras mornas.
São melancólicos lírios,
são sonhos interrompidos,
são papeis esquecidos
nos olhos, nas bocas.
A figura de uma mulher
nua, estampando sua
xana com as mãos em
fogo e em flecha.
O mel dos livros sagrados,
as histórias, mapas, as geografias,
os misteriosos roteiros,
canções lentas e antigas.
Idiomas. Atravessados.
Talvez seja o mesmo poente.
Ai, solidão, solidão,
o monte está do outro lado.
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