Vou ficar ali imóvel,
vou ficar ali parada,
como um rio sem colheitas,
como o trigo sem grãos,
como a espiga e a espada,
como a caverna e o buraco,
serei brasa e vivo,
serei morto e sou,
como um touro sem chapéus,
cavalgaduras lentas, camelos,
lentos abismos, fontes,
águas de nascentes que
desçam pelos beijos do
ocidente e do oriente
se queimando na canção.
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