quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Dor


E porque a minha dor é de vinagre por isso ela sangra no meio dos arbustos sangue azul, constelações imensas,
não que haja importância em sentir a valsa das dores,
porque a imensa vontade da alegria se camufla na
máscara lenta das lágrimas sussurrantes e dos lírios queimados.
Amada minha, amor meu, querida minha, minha girl,
não tens outro nome para dar para essa melancólia de poeta?
Não tens alguns conselhos de beijos para dar aos meus lábios?
Enquanto a dor agride um lado do meu coração o outro lado
explode como um sol tentando se iluminar, cantando bom-dias, saudando o vento com voz e fogo de sinos enferrujados,
amada minha, amor meu, querida minha, minha girl,
o amor faz parte dessa dor quer eu queira quer eu não queira.
Por isso escrevo tanto para você mesmo sem saber escrever, por isso choro tanto mesmo sem saber chorar, por isso faço escorrer pelo lodo e pelo relógio minha voz rasgada de raposa solitária para que o amor possa decifrar essa dor enquanto descanso feliz em tuas nádegas de mariposa, em teus peitinhos lindos de sirena, em teus olhos perfeitos de pedras marinhas.

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