sexta-feira, 10 de março de 2017

Saudade


...beijos de prata... lentos... amor coroado de mar... marinho momento...

Não é o seu rosto
de nuvem que me
consola nessas
vagueações momentâneas.
Era apenas a saudade
da sua voz soando
entre o verde e o azul.
E seus cabelos negros
macios como o céu
pareciam estrelas
me beijando o coração
quando me amavas.
Hoje silencias tudo:
a ode, a matemática.
Carregamos lentamente
o amor como terra e areia.
Mas eu não me orgulho
desse ar marinho repetitivo.
E seu rosto, na sombra da
fotografia reflete o espelho
do amor que tinhas
quando me beijavas
suavemente entre o muro
e o poente.
Hoje a caneta escreve
saudades do profundo
do peito (nunca do cimento).
Eras e é. E eu te recordo.
Obrigado.

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