da vida
as pedradas
cotidianas insanas
as risadas
as lágrimas
só os teus
olhos podem
me acalmar
nesse cotidiano
porque nem o mar
nem as ondas
arrebatam
o meu coração
cigano
por isso sofro
tanto nesse
capitalismo
desumano
e não acompanho
essa sociedade
feita de mentiras
ócios e desgosto
porque quanto
mais sonho
mais me roubam
e quanto mais desejo
mais me socam
a face e oferecendo
a outra desgasto minhas
palavras
que vão ficando amareladas
esquecidas e pranteadas.
Não deixem que me usem
no futuro, vós, os que sabem
o que digo, para que o meu nome
não seja usado como lixo.
Pranteai comigo
enquanto não sou pó nem poeira
na calçada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário