sábado, 18 de março de 2017

Novo poema dedicado a yeats



Eu gasto o meu dinheiro em livros.
Pobres livros, que serão lidos
porque devem querer ser lidos.
E se não querem ser lidos
como são tristes esses pobres livros.

As páginas rasgadas, os sonhos do autor
destruído entregue ao ar prematuro das traças.
Tudo isso pode ser uma coisa tão sem graça.
E mesmo ouvindo o som das garças
como os livros são os sonhos de um autor!

Mesmo esquecendo essa história de dor
ao menos lembramos a morte a visita ao doutor.
Que ensinas a ti um livro? Pobre mortal,
não sabes que só as folhas querem o ser imortal?
Mais não existe para a vida eterna nenhum portal.
É a mesma história de dor.

Eu gasto o meu salário em dinheiro e recebo
de minha querida família a nobre reprovação.
Que livros te darão da vida? Alimentos? Segurança?

E eu com os olhos mais nobres de uma criança
foco o céu imaginando fênix e esperanças.
Que livros te darão da vida? Alimentos? Segurança?

Escrevo: esperança!

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