Você com sua pele
escura se veste de
África como quem
se quer vestir de lua.
Mas você que é parte
fêmea da existência
olha noturna a agulha
do meu triste poema.
Como carregas em mim
a própria incerteza do amor
dizes que, em certa idade,
é melhor cantar a dor.
Mas em seu rosto vejo
mais beleza que em outro
lugar: és a musa asiática
és a flor pura da África.
E se confundo o meu poema
em teus olhos porque acho
que cantar é celebração
e celebrar ainda é canção.
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