Estou ouvindo o som
de alguns pássaros.
É noite. É frio. Não
escrevo mais porque
os meus dedos estão
embaraçados de dor.
Eu me lembro muito
bem de tudo o que
passou. Os campos
o vidro sendo embaçado
pela chuva o ar que
vinha de sampa a
nuvem que passou
pela janela e mesmo
pálido de oceanos
eu montava meus
pequenos textos
sentado na mesa
diante da terra.
Mesmo assim, há
essa falha, América.
Estamos aqui
em teu dorso,
estamos aqui
sem uvas ou
laranjas, estamos
aqui com os
instrumentos
quebrados mais
soando, com as
mãos trabalhando,
com o ar nos tocando.
Os pássaros cantam
e eu também canto.
Seguimos a manhã.
É a mesma coisa.
Ó E'terno, dá-me graça
porque esse mundo quer ser
sério.
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