domingo, 26 de março de 2017

De uma poeta portuguesa



Nunca vi verso mais puro
nem mais duro, exato
na palavra medida.

Nem mesmo vi verso
mais simples, mais rosáceo
como as margaridas.

O papel se tornou som
difícil não escutar sua voz
feminina, pura e elegante,
portuguesa e marinha.

Pode ser que sejas mais
terra do que eu suponho
(eu, que sou mais mar do
que respiro em sonhos).

E por isso deslumbro a
criação. Trova, é escrever;
escrever, é criação.

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