sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Eu

A lua sobre o céu adormecido
Busca em algum rosto novo
Um lamento poético para ins-
Pirar o Profundo poema
Que o poeta faz sentado
Sobre a mesa, se lembrando
de sua doce e bela amada.
Os olhos do amor já são outros,
Apagados pelo brilho da lua e
Pela falha da memória.
Os amigos já distantes estão,
Felizes cantam suas canções ternas,
Enquanto o sonho sufoca as alegrias
Da alma sentida...
O sentimento está preso ao espelho,
Estou preso ao espelho: aquela imagem
Sou eu.

E me falta você agora.

Mais os deuses do homem cretino
Não destrói minha alma iluminada.
Sigo como um cavalo, galopando
Diante das árvores, furioso como
Um vento, terno como uma brisa.
Minha ternura gera minha loucura,
Mais as vozes da vida percorrem
Minha tristeza e melancolia, e pela
Luta vou, para te ter amor.

Tê-la, mesmo que por instantes
Tão insignificantes quantos os que
Tive que passar para te ter... E
depois de tudo não a tenho.

Não culpo o destino: é você a culpada.

Ingrata de tudo, de versos e juras
Ou de feitos e ousadias que esquecestes
Fria sobre a noite escura.
Perdoas-te outro, e esqueceste-me
Como não te esqueço, peço a m' nha alma
Que sofra forte, porque Meus ossos
De guerreiros lutam por vossa boca
E minhas mãos lutam por vosso corpo.

É que mesmo sendo quem sou, luto
Apaixonado por entre bosques, carvalhos.
Lugares escuros e tenebrosos onde posso
Imaginar você correndo sobre o vento (E
Por um simples momento esqueço quem sou
E lembro quem fui).

Que um dia fui teu: Oh Amor meu!


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