quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Não se vive o quando que se quer

Não se vive o quanto que se quer...
Não se mede a vida com régua,
Não se subtrai a morte (mais
O que nos importa isso? Ora: 
"fumaremos, beberemos, cataremos
As putas morenas e loiras que
Ainda temos que catar".

Mas a faca do destino é inventar
frases tão boas e idiotas como essa? 
O que fazer para não se sufocar diante
de tão pequena inspiração, poesia?
Andar por ai, solitário, sem rumo
Nas ilhas mentais, admirando os Nativos
índios canibais, perigosíssimos, canibais
Que falam português: I speak english
I speak english. São canibais camaradas,
Aproveitem, porque nosso espanhol
É tão estranho, que nem somos latinos-americanos. 

Não se vive o quanto se quer...
Não é que eu queira viver intensamente arrodeado
De cabeças que pensam, fumam, vibram:
Oh, meu mundo é tão estranho que as vezes
respirar é uma condição avassaladora (e
Anti-Iluminadora).

Mais isso tudo fica gravado... são palavras
Tolas, 
E resta seguir o conselho do gordo que lê vários livros de uma vez:

"Não despreze sua cidade". 
Tudo bem... Era uma vez...

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