Com licença
Com licença, queria ir muito mais além do que posso ir, e não deixam, alguém me barrou aqui nessa montanha sem emprego,
sem amor, sem esperança.
Com licença, irei me apresenta agora: me chamo
Gabriel Limão, sou um poeta, não sou muito bonito, ou formoso,
tenho sangue negro e judeu, e me preocupa todas as coisas vivas ou mortas que canto.
Com licença, quero cantar
como os sinos irritantes das igrejas,
como o som das locomotivas que apitam suas fumaças luminosas,
como o mar, que valsa suas ondas
vivas.
Com licença, que irei passar.
Até logo, até breve.
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