É uma ilusão.
O mundo é um teatro sem sentido, o planeta é uma bola giratória gerida por desejos incompreensíveis a nossa razão.
A vida tem lógica, é claro, a qual nós a damos a ela.
Qual é a lógica de alguém ter pernas e outro individuo não ter? Qual é a lógica de uma pessoa se sentir amada, e a outra, não se sentir?
Nisso tudo, podemos resumir que o mundo é gerido pelo controle de um ser apto a criar excelentes coisas, assim como é apto para destruí-las.
O que a vida quer de mim? Reprodução.
Não da maneira que a imaginação pressupõe, e sim, pelo meio do sofrimento, da angústia, da imposição.
Se reproduzir é criar outro ser que irá caminhar em direção a morte.
A morte, como nós todos sabemos, é o impulso administrativo que nos prende com toda nossa insegurança a vontade de viver, existir.
É um impulso primitivo e básico, que nos leva a querer fazer algo, para ocupar o nosso tempo, porque sabemos que iremos morrer.
Trabalhar, estudar, ouvir músicas, ir em festas, igrejas, etc... é uma fuga, fuga da qual queremos tirar a morte, a morte que nós nos impusemos, de nossos pensamentos.
Porque poderíamos usar um argumento sensato e poético do tipo: não me preocupei em nascer, por quê devo me preocupar quando vou morrer?
Acontece que a morte basta para nos tornar infelizes e inseguros, porque não sabemos para onde vamos no depois do seu acontecimento natural. Sabemos que iremos voltar ao pó, porque toda a natureza material é pó (que o diga os construtores e derrubadores de edifícios).
E isso gera a infelicidade. A balança da qual a vida faz parte, que ora, equilibra o tédio de se desejar algo, e ora, equilibra a vontade de se ter prazer, um prazer nunca preenchido, seja lá de que maneiras diversas, seja com bebidas, leituras, seja com companhias (na qual, a maioria das vezes iremos, e devemos nos sentir sóis, porque a sós estamos e a sós iremos partir desse mundo).
E alguém irá me perguntar; onde está a felicidade? Ora, a felicidade é fruto da nossa criação, assim como a infelicidade, uma palavra.
Mas sinto dores terríveis na alma. Sujeito-me a dizer-te, quem disse que é sua alma que sofre? É teu corpo, é teu interior, é teu vazio, porque somos isso, vazios.
E quando fui interrogar certa pessoa sobre isso, recebi uma resposta da qual não pude deixar de anotar nos meus blocos de caligrafia fina e azul que tenho aos montes: por que nos sentimos sozinhos? não preenchidos?
A resposta foi simples: porque só Deus (a grande ENERGIA), pode nos preencher.
foto: google
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