sábado, 28 de julho de 2018

Frango


E assim me espera,
como sempre, com
a claridade que a lua
traz junto com relâmpagos
e com as dores que um
coração feito de carne
consegue suportar como
um carneiro degolado.
Na sombra da minha tumba
escrevi meu nome
como uma folha
laranja caida aos
pés do mar e nenhuma
sereia conseguiu me resgatar.
Por fim, ainda,
encontrei em sua voz
(sua voz lenta de mel)
o pão doce que fazia
sentido.
Mesmo assim o
palco é um Tigre
ensaguentado e faminto
e a vida é amarga
quando não existo
e quando não existes...

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