sábado, 28 de julho de 2018

Perdendo o amor


Julho agrotóxico
nenhum vento a vista
nem suas pernas 
nem seus olhos.
Onde dorme
minhas moedas?
E meu coração
faminto de esperanças?
Do outro lado da cidade
carregas nas mãos
as navalhas do amor
que me cortam.
Sangras, como eu,
por outro, é claro,
e o vento toca a
pele de qualquer
individuo nascente.
Não entendes
que nenhum grito
pode tocar sua boca
como minhas canções?
Achas que tenho
como roda de tigre
um violino a tua espera?

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