sexta-feira, 18 de maio de 2018

Lembro de Karl Marx


 
De todos os filósofos que me inspiraram, digo, no sentido de me fazer compreender algo que eu não compreendia, a figura de Karl Marx sempre me alicerçou como uma espécie de monge.

 Digo monge no sentido figurado, antes de mais nada, Marx era filho e descendente de judeus, no entanto, seu pai até certo ponto, fez questão de abandonar a religião dos antepassados para subir de degraus econômicos, num país cheio de ódio aos povos semíticos, principalmente aos judeus, é claro. 

 religião ou as origens do Karl Marx, nunca me foi de desproposito, eu como um simples estudioso do judaísmo, fiz questão de entender as origens do pai do assim chamado "comunismo", e pude ver que (ao meu modo, é claro), sua falta de religiosidade advêm da sua falta de fé no próprio material, ou seja, as injustiças advindas das religiões parecem não ter afetado o pensamento desse grande pensador.

 Me interessou antes de mais nada o modo que ele aplicava suas teorias, e de fato, discordei muito de algumas situações analisadas por ele, e no entanto, concordo com o modo de aplicação de suas teorias. Ou seja, trabalhadores, uni-vos. 

Com toda certeza, acho que o modo de pensar de Marx poderia beirar as vezes ao sonho. Eu vejo aqui mesmo, no Brasil, onde os pobres nada fazem para adquirirem o que os ricos os roubam. Essa tranquilidade vinda dos mais desafortunados, sempre reforçou no meu entendimento a tese de que uma revolução só pode se fazer de modos violentos. Em que sentido é essa violência?  No sentido de que a maior parte das pessoas se deixam ser roubadas, e sem nenhuma moral, aceitam o roubo porqué lhes foi imposto, através das classes dominantes. 

 Nesse conceito, digo que Marx não só tem a razão em dizer que a religião é uma espécie de ópio, acho que no entanto, as religiões hoje em dia não estão segurando a massa populacional para uma revolta. Só que eu poderia analisar com ceticismo essa espécie de união que a sociedade humana parece fadada a demonstrar, protegendo os mais fracos, dizendo que todos os direitos tem que ser aplicados a todos. 

 Não é esse um conceito universal? No entanto ainda há injustiças, mortes, e os filósofos contemporâneos além de serem babacas sem nenhum tipo de fundo de explicação, apenas enfadam os pensamentos ao  ditar teses recém-decoradas em universidades cheias de burros endinheirados, que fazem fila para repetirem como papagaios conceitos dos quais não sabem a origem, o significado e o do por qué da existência. 

 que quero dizer com esse texto é reforçar a minha admiração pelas frases e pelos livros do Karl Marx. Não foi um homem de vida exemplar, assim como Adão, ou eu, ou qualquer ser que exista nesse mundo em forma de pesadelo. No entanto eu gosto de ler algumas partes de sua monumental obra, e creio chegar ao conceito que só a união de pessoas boas (não em sistemas, apenas em amor, um conceito meio religioso) resultaria numa mudança real diante de um mundo absurdamente maligno como esse em que vivemos. 

 Só tive percepção de que eu era uma espécie de escravo remunerado após ler tal linda construção feita por esse homem barbudo de traços desgrenhados : O trabalhador só se sente à vontade no seu tempo de folga, porque o seu trabalho não é voluntário, é imposto, é trabalho forçado".  Quero com essa frase terminar o meu texto. Obrigado.

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