quinta-feira, 5 de julho de 2012

Posso te amar até meus ossos se desintregarem

Posso te amar até meus ossos se desintregarem
até minha carcaça se consumir sozinha
posso te amar além das fronteiras de minhas veias,
do meu peito. Posso te amar profundamente... só não posso

ter o seu amor. Não tenho mais aquele sorriso que eu tinha

tudo é fumaça, joguei palavras ao vento, me consome ser
ter tudo isso: ser dois em um.
É que eu estou contente e sorrindo de manhã, dançando
pulando por entre as beiras dos rios, vendo o vento chocalhar
a árvore morta (morreu sem se despedir de mim), com a esperança
enchendo minhas veias. 

Mais eu tenho um sorriso para me sentir triste.
Meu choro pode ser uma imagem, um sacríficio
eu não sou nenhum martír: quero que vá tudo pro inferno.

Mais por favor, saiba, saiba por favor
que te amo, te amo por entre meus ossos, minha pele,
minhas entranhas, meu nariz, meus olhos, minha tristeza,
minha alegria.

Te amo, só isso, só amor, só momento.
E essas palavras se arrastam para longe junto ao vento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário