terça-feira, 10 de julho de 2012

Nada de compaixão com a massa

Olham todas as coisas e não percebem nada;
uns me dirão: é objeto, não tem alma.
Coitados desses que nasceram sem poesia
já estão desde cedo com a alma triste e vazia.

Perdoem meu tipo: não sou guerreiro, não sou ouvido
e afinal riem de mim a maior parte do tempo.
Eu sou o burro, o poeta marginal; sou eu o grande mau.

Chega de tanta mediocridade e sei que é impossível
afinal, a massa é medíocre e o povo a exibe.
Levante o martelo da arte para forjar a arte pura
que se eleve o poema de nova estatura
coloque na pata desses animais ferradura: a massa dura!

Tudo o que é do povo é uno; o povo zomba do que
não compreende... poupe os meus reflexos dessa baboseira.
Eu levanto a bandeira de uma nova arte, uma nova realidade
(e eles zombas felizes por suas ignorâncias).

A menina bonita pensa que é uma rosa, é oca é morta;
O rico burguês repete de ano contente (afinal,
é um completo idiota. um demente!).

E quantas coisas para se olhar: diamantes opacos,
quadros de artistas mutilados pelo ódio da ignorância
dos estúpidos que os rodeia.

Nada de compaixão com o povo e nem com a massa:
eles devem sofrer, tudo o que já sofremos!


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