quarta-feira, 4 de julho de 2012

Por favor entre e fique totalmente a vontade

"Por favor entre e fique totalmente a vontade". A vida poderia se resumir a isso, talvez comediosamente, mais nada me faria tão feliz quanto novamente sentir o amor que ela depositara em mim.

 Nasci naqueles turbulentos dias, e se eu dizer que choro desde quando era um menino, moço, e bem no início de minha vida, eu não me sentiria tão turbulento em dizer que passei os melhores momentos nas companhias incertezas do lugar que sempre busquei encontrar. Talvez me bastasse, vida. 

 Talvez me bastasse tudo o que eu não tenho. A noite adentra firme, triste e nos olhos dela, talvez eu poderia estar alegre e contente; e sussurraria em seu ouvido coisas doces e logicamente coisas valiosas de alguém apaixonado. Não me parafusei em nenhum estigma (morro de pena de mim mesmo, mais não tenham por mim pena, deixem que eu morra em minha autocomiseração). 

E nada além disso afetaria o que eu queria ser, e não fui!
 Mais nada disso me faz diferente de quem lê ou interpreta 
(não entendendo nada) essas linhas tristes em uma língua linda, tida como inculta e mesmo assim é tão formosa. 

Por favor, entrem e fique totalmente a vontade em minhas palavras e em meus versos. Estou sossegado, está escuro e o vento ruge; é uma pena, é uma pena muitas coisas, é uma pena por exemplo olhar e se ver sozinho diante de um pedido de ajuda. Questões da vida são totalmente aceitadas por minha alma (logicamente, também aceitadas pelo meu corpo).  

Deixa-me respirar o ar do vento, menino que sou, jovem que sou... Eu tenho tempo. E por favor, que minhas malas pesadas de esperança não assuste sua vasta e lírica sabedoria de vida. Meu eu pede isso, meu eu-prosador. Ele zomba de mim, de minha condição poética; eu zombo dela por ele zombar de mim. Rimos juntos como velhos amigos que somos!

 "Aceita um café?", eu aceitaria, mais não posso beber o café sem o leite (estranho vicio, não?). Por favor, a minha estrada está tão distante do sol, mais gente é brilho, gente é cor. Gente é vida. Talvez? Não sei... quantas coisas eu precisaria dizer para me encontrar, para não precisar de mapa, para não sumir da vista, para ser um feliz latino-americano... Preciso de vida, eu preciso de gente. Gente é pra se amar. As portas devem ficar abertas ao estrangeiro, e eu preciso navegar para longe, longe dessa quentura tropical, dessa tontura latina. Eu preciso antes de mais nada ser eu mesmo e ser eu mesmo eu poderei me ver e não sentir pena, não me sentir absolutamente pobre de ser, pobre de amigos, pobre de tudo. Eu amo todos. Amo e estou feliz. 


É uma pena acordar sem ter nada o que eu fazer; eis o que faço. Meu sorriso é uma espada, minha alegria pode ser uma rajada, me cortam dias e observo luas lindas, magníficas e vejo uma canção dócil soando no ar:  Amar, amar, amar!

 Talvez eu possa sentir e me iludir muito, e sorrindo eu verei a luz (eu preciso de luz, eu sou uma baleia que ama a luz marinha, a luz branca). E sou teu e és meu. Que coisa, que linda e absoluta esperança que pode despertar uma frase. E eu caminhei, olhe as coisas mais sórdidas que pude observar aqui: O pé de goiaba, lindo, com as maritacas se fartando de comer; a aranha balançando em sua teia, junto dela com suas tontices e moscas amarradas para o jantar; os pardaizinhos pulando de dois em dois (dando assim quatro pulinhos incrivelmente admiráveis). 

Meu sorriso nisso tudo, nas minhas conversas com o homem que eu mais admiro e que eu sei que posso confiar. E o oceano é o céu azul. Lindas trepidações do vento, as flores meio-dia. Tudo isso é de uma respiração, de uma vida, de uma capacidade incrível do universo e da vida. E pra mim dizer tais coisas, tenho que estar vivo e abraçando o meu ritmo. Lento e rápido, triste e alegre.

 Vivo olhando e pensando o que será que será que anda nas idéias dos sofredores. Somos todos perdedores, eis uma arte sem nenhum mistério. E por favor, que o meu sorriso seja a única coisa entre mim e você que não aja tristeza ou coisas e tais... etc... é a vida... resumida... e... tal... A aurora pode ser um  mistério, mais não me abandone no frio dessa madrugada.  
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"Por favor entre e fique totalmente a vontade". A vida bem que poderia se resumir a isso, numa grandiosa jornada de entrada (nunca deixada).



Um comentário:

  1. "CARA QUANDO FALO QUE AS PALAVRAS TOMAM SIGNIFICADOS EXTRAORDINÁRIOS EM SUAS MÃOS E BOCA VOCÊ NÃO ACREDITA NÉ" (PROF)

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