Entro no meu silencioso silêncio
e dentro dos vapores do coração
asas saltam, qualquer coisa que quebre
o jarro feito de ferro estilhaçado
nu, feroz, pelo triste chão.
O mar do laste leste parece um
pombo enlouquecido pelo frio do norte.
O sol, essa estrela feita uma cachumba
a empoeirar o céu azulado onde Deus
em seu trono assentado rege as vidas
dos homens assombrados pela morte,
pelo medo, pelos desejos e pela fome.
Salta em cima d' minha cama
uma aranha branca e venenosa.
Mato-a com as próprias mãos.
Não matarás, diz a bíblia sagrada,
observo nu o telhado e as teias
que agora cobrem os meus olhos
de névoas tropicais.
Tudo adormece. Talvez amanhã
seja um dia melhor...
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