Que belas que são,
que beleza estampadas
no meio do chão.
As pedras do Brasil
traçam a identidade
do mapa da nação.
Que belas que são,
arrastadas pelo vento,
levadas pelo rio,
tombadas pelo mar.
Pedras brasileiras,
pedras imensas
como as mariposas
que cruzam o mapa
do Brasil (e não é o
Brasil a grande mariposa
da América do Sul?).
Olha, amigos e amigas,
que pedras belas,
as pedras do meu país,
as pedras dessa nação.
Pedras que conhecem
a dor dos pedreiros,
meu Deus, pedras
que não falam mais
imóveis conhecem
a dor e o trabalho dos
homens da terra.
Pedras, pedras brasileiras,
se são raras, preciosas,
que preciosidades tens
se não falam?
Não tem cor,
não tem cheiro,
mais eu coleciono
as pedras mais lindas
que o oceano pode gerar.
Pedras brasileiras,
pequenas em estátura,
grandes em minerais,
as pedras do Brasil
representam todo
o sofrimento de
um povo pobre,
calmo, nobre.
Ai, que pedras sofridas,
pedras cheias de besouros,
pedras com cores,
pedras com cheiro,
pedras sofridas,
compradas, escravizadas,
levadas aos mares por
peixes, por tumbas, por
relógios de ouro.
Ai, pedras, pedras do Brasil,
pedras brasileiras, pedras
que são casas, pedras
de areia, pedras de um
verde imenso, de um bálsamo
sem orientação.
Ai, pedras do Brasil,
vou por ali, por ali, pedras brasileiras,
vejam e esperem,
e que não chore as estrelas
pelo Brasil.
As pedras brasileiras
já choram em meu canto de manhã até a noite.
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