domingo, 7 de agosto de 2016

Os meninos perguntam


E gritaram no meio do escuro:
poeta, o que escreves sem
luz, sem sangue?
Respondi seguro:
escrevo as palavras que aprendi
na minha infância de legume.
Poeta, o que escreves sem
pena, sem destino?
Escrevo as marcas do meu destino.
Poeta, por que cantas se ninguém
te acompanha?
Imito o pássaro no campo, solitário
mais vivo.

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