Entre montanhas e mares do sul,
ergueram-se duas vozes de fogo e ternura:
Gabriela, mãe da palavra,
Cecília, irmã do vento e das águas.
Ambas sonharam com crianças,
sementes que dormem no pó da terra,
e abriram, com versos e livros,
as janelas do mundo.
Tagore, como um rio do Oriente,
tocou-lhes o espírito,
trouxe o perfume distante das árvores
e a promessa de uma humanidade inteira.
Elas, então, costuraram pontes
entre escolas e estrelas,
entre pássaros e lições,
entre a poesia e o pão.
Não eram apenas poetisas,
eram guardiãs do futuro,
mulheres que ensinaram ao século
que educar também é amar,
e que o amor, quando se escreve,
não morre jamais.
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