Autran Dourado subiu no muro
e em seu mapa obscuro todas
as Minas Gerais estavam envelhecidas
em suas memórias diurnas antigas.
Ah, refém da sabedoria antiga!
Autran Dourado fez da lavoura regional
uma festa, um carnaval,
um poema feito de memórias sábias.
Andou o boi puxando, o cortador
de cana chorando sob o sol,
o embranquecido europeu soberbo
em solo tomando seu café da tarde.
Foi só isso que a memória teceu
Igual uma aranha ariranha uma
Tarde antes que os dias se findassem
E, irônia a parte, uma vida em segredo.
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