terça-feira, 18 de março de 2025

morto de amor

 entre você e eu

o sonho iluminando

o nosso quarto

(

a árvore onde repousaste

teu corpo negro e africano

eu, efebo novo ao olhar

a tua cintura de santo


cheio de cristais e

em volta de seu sorriso

peixinhos em faróis


era a noite e tu,

cigano negro,

e eu, esquecimento

branco entre as gálaxias


o branco caldinho

da papinha que saltou

de teu pauzão duro

em direção ao chão

)

(por que não engoli

aqueles mariscos?

ah, divino sonho

de te recordar porque


morto de amor eu

te amo!

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