Nada que o tempo
esse engenheiro de destruições
não possa me explicar.
Tedio! Tédio! Tédio!
E o vapor da vida em
cigarros assoprados por outros
sem metafísicas que vejo na rua.
Meu Deus, é assim ser abandonado
por ti em uma cruz pendurado?
Passo entre o céu e o matagal,
entre casas pobres e gentes pobres.
Eu mesmo, meu Deus, sou pobre,
e dentro de mim a riqueza da vida
não enobrece meu coração de forma alguma...
Tudo dói, tudo é dor!
AH, estou farto de metaforas e gentes.
Estou cansado de cachorros e pessoas.
Queria existir como as nuvens por breves
tempos e se desfazer no nada,
ou quem sabe virar tempestade
e assolar a terra imóvel.
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