terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

A espada


Estou pálido,
estás pálida, coração.
Em que direção irá
a flecha manchada
de vinagre e sol?
A lua é uma foice
escurecida de amarelo.
Foi ontem. Já acabou.
Hoje o dia é embaçado
pela janela de prata;
Pode abrir a porta,
ir trabalhar com todos os trabalhos.
Não somos todos escravos?
O coração sabe a resposta
e não responde nada, sempre dizendo tudo.
E por fim as cortinas se fecham.
Estou pálido, coração,
e ela está tão pálida!

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