sábado, 6 de fevereiro de 2016

BALADA DE DESPEDIDA



Vou cavalgar pela manhã aberta
e quero levar em meus olhos
um guarda-chuva e um sombreiro.
Meu coração é uma borboleta cinzenta!

Vou indo com as asas abertas
levando de um lado um sol apagado.
Ao lado direito um punhal enfiado
vai sangrando minhas asas serenas.
Vou partindo para regressar ao campo.
Quero chegar antes que a noite me alcance.
Vou descansar naquela casa amarelada
minhas asas de borboleta cinzenta!

Não direi adeus aos pequenos pássaros,
não olharei com lágrimas as nuvens
que desaguaram em minhas plumas.
Vou levar em meus olhos a luz que
encherá meu coração de alegria.
E vou cantar (e como cantar) com
o folego do amor e de minhas plumas.
Ai, isso será uma aventura!

Eu sempre fui cinzento como a tempestade
mais agora serei azulado
para me camuflar ao céu.
Vem comigo, amor meu!

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