Com olhos marinhos
de sono, com olhos
de vidro, de mar, de onda
que envolve e arremessa
areia salgada em tua direção,
ó praia solitária,
assim me movo
sonambulo de sono,
de mar, de manhã
enevoada, de ar
gelado, de suspiros.
Vou levando as
algas terrestres
que se prenderam
em minha roupa
azulada de marinheiro.
Queira deixar teu nome,
companheira das
focas, em cima
do navio enferrujado,
em cima do coração
nublado, na noite
sem pressa que
passa devagar
como o suor
das gaivotas.
Quero deixar
o sono e o mar,
quero ouvir apenas
o suspiro do oceano
e cantar mais uma vez,
só mais uma única vez!
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