domingo, 27 de dezembro de 2015

Eu amo. Eu amo e eu amo


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Eu amo. Eu amo e eu amo. Só consigo viver
repetindo isso, como se eu fosse um pombo.
Eu amo. Eu amo e eu amo. Eu amo e amo e
amo e amo e amo. Sem luz ou lua, sem sol
ou noite. Ponto. Eu amo. Eu amo e eu amo.
Ai, dá pra cantar eternamente esse amor,
dá pra escrever duzentos versos sem fim,
dá pra parir inúmeros oceanos dentro do
verde luar que salta da tinta ao papel...
Isso só por que eu amo. Eu amo e eu amo.
Uns duvidam, outros sonham. Outros fingem
entender esse amor. Eu amo. Eu amo e eu amo.
Amo tanto que chega a enjoar as árvores
com o meu passar. O vento vai levando os
meus passos junto dos rios. Vou dizendo
como um eterno capiau marinho: eu amo.
Eu amo e eu amo. Ai, infinito. Ai, destino.
Eu amo. Eu amo e eu amo. Só consigo
viver amando e amando. Viver amando
como um capricórnio esquecido...
Por isso eu vou amando e amando.
Amando como sem destino, como sem
lugar, como sem furacão, como sem luar.
Eu amo. Eu amo e eu amo. Só consigo
viver rimando e cantando e andando e
sentando vou compondo os ossos do
meu canto. E eu vou amando e amando

enquanto o dia vai se encerrando, 
enquanto o dia vai surgindo, cavando
a aurora do amor em mim. Ai, eu amo.
Eu amo e eu amo. Só posso existir amando...

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