terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Um poema español


Sonhei sonhos e flores,
mares vermelhos
e azulados gravetos
percorriam a luz violeta
do luar domesticado.


Quem era eu
dentro da luz
da madrugada veloz?

Quem era eu
que amava a
escuridão dos teus
cabelos de constelação?


Sonhei sonhos e flores,
flores vermelhas, flores
cheias de raiva e de amores.
Por que sonhei eu com tantas
flores?

Despertei coberto
de orvalho e mel salgado.
E fui recordando as belezas
do teu corpo nu,

nudeza do amor 
unido em dois seres.


Despertei seco de luz,
molhado de ondas e de
pequenas lágrimas coloridas.

Eu era a tempestade violenta,

e tu, serena amiga minha,
estavas calma do outro lado
da casa


contemplando o jardim
da existência.

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