Cansei de palavras, e cansei de ser homem.
No entanto, não sou um navio atracado ao porto.
Os meus olhos, vivos ou mortos de sono e vida
Percorrem a imensidão da janela da casa,
Encontrando o céu sem nuvens, o céu inexistente.
Por isso cansei de tudo e não cansei de nada.
Cansei de bocas e cansei de seios.
Cansei de homens, e cansei de livros.
Fiquei cansado do sofrimento e da alegria.
E agora, me perguntei na sombra do dia,
Para quem vai a minha amarga poesia?
Cansei dela e cansei de mim, cansei de tudo e de todos.
Cansei dos dias e dos anos, das luzes e das sombras.
Só não cansei de roubar os cantos dos poetas que leio.
Só não cansei de escutar os pássaros conversando.
Amanhã eu me descanso de todas essas coisas cansativas.
Amanhã, eu serei as palavras de todos os Filhos dos Homens!
*"beggar" é mendigo em inglês, e não vagabundo! [notas]
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