sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Última sonata de inverno

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...E o seu rosto apareceu entre as nuvens e o gelo...
...E era o seu rosto belo como a mais pura das montanhas congeladas...
Pólen sagrado era tua boca... Boca de mariposa... Boca de vulcão...
Seus lábios poderiam acender fogo na lenha fria da casa...
Apenas passava o teu corpo como um vento calmoso e oriental...
Balançando os seus cabelos como uma flecha atirada ao sul...
Vinhas como uma dançarina, uma bailarina, feliz como a musa do frio...
E eu pude contemplar os teus olhos escuros com a chama...
A chama do candelabro... Do candeeiro sagrado do teu rosto...
Pudesse: eu voltava com o seu sorriso me acompanhando diante
do oceano intranquilo e agitado! Pudesse: e eu ia avante pelos
campos frios e apagados das regiões mais inóspitas e solitárias...
...Apareceu entre as nuvens e o gelo... O teu rosto... Rosto de inverno... ...Mistura de beleza e gelo...

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