Das sombras obscuras e sinistras,
tão profundas e fundas como a água do oceano,
surge a luz, a luminosa companheira
em raios repartidos, raios-luz pelo interior da alma.
Sombra e luz envolvendo o tempo e o espaço,
corroendo o corpo, saltando o espírito ea alma.
Santa luz, e demoníaca trevas. Santa Sombra,
e demoníaca luz. Invadem o ser, o tempo, o
espaço, as estrelas, a vida, a escuridão
das raízes amargas e dos sorrisos falsos.
Profundo e tão profundo são, como os
teus olhos cheios de sombra e luz.
E não carregam repugnância, e nem se
fundem ao vazio da existência do homem.
Mas tudo se enche, transparente, como um pássaro,
um pássaro lilás, um pássaro amoroso, um pássaro feliz.
Um pássaro que das sombras obscuras e sinistras
faz quebrar a gaiola cinzenta e fria e amarga da tempestade,
voando e voando pelo céu de bronze, pelo céu de névoa
até encontrar a santa, a maravilhosa luz, a luminosa companheira.
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