fez saltar dos meus olhos suspiros tropicais.
Consumiu-me a noite dos trópicos,
e de dia transpirei águas saborosas
nos rios fundos e amargos da América.
Fiz cavalgar até a madrugada fria
os meus ossos de lenhador,
de padeiro recém descoberto pelas
firmas das poéticas da minha pátria.
Abri um enorme sorriso no mapa do Brasil
e pintei de azul e branco a minha pátria sonâmbula.
Fiz escavarem no sorriso do sul
escamas de lagartos, pampas tenebrosos, gaúchos
consumidos de revolta e ódio pelo norte.
E do norte, fiz saltar os mais pesados calangos,
os mais absurdos carcarás das regiões queimadas
pelo sol e pela serenidade do mar.
E abri em um livro, livro puro e amarelo,
páginas azuladas, consumidas por uma
escrita fria e verde, e ali estava estes versos
suspensos entre a ironia e o sofrimento do meu povo.
Entre o riso de uma região até outra
escalamos as montanhas, as igrejas históricas,
os cabelos das lindas mulheres e dos lindos homens, os suores dos trabalhadores,
a magnitude do rio profundo e doce, e do mar salgado...
E no final, o ar brasileiro queimou as minhas narinas
De sol, de relâmpago e de amores...
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