A lua apareceu
no céu, branca
e misteriosa.
Aquela flor formosa
morreu no
frio da primavera.
A lua cheia apareceu
no negro momento da noite.
Depois desapareceu no rio
sua imagem triste e fria.
A lua cheia
chorava no dia
em que apareceu
bela e prata.
E com sua voz de manteiga
dizia que
estava chorando
pelo fim da primavera.
A lua apareceu
refletida em sua mágoa.
A menina a via
e depois chorava.
A lua cheia dizia
que os poetas são tristes.
E que quando
ela parte para o oriente
vê de novo
lágrimas e sorrisos tristes.
A lua cheia dizia
que também chorava
com a recitação
de poesia.
Hoje já não chora.
Hoje ela está fria, fria.
A lua está fria
de poesia e de alegria.
A lua cheia apareceu
redonda e formosa
no meio do céu
na noite que passou.
O sapo no rio a viu
e depois sorriu,
chorando e soluçando
de tristeza e de frio.
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