(A)
Quer se explore, quer não
o céu azulado é visto
por qualquer ser e por qualquer não.
E ver o céu azul em trabalho
é o mesmo que explorar
rio, ou poética sem dicionário.
Sem dicionários ou rimas,
invertendo as palavras para
reiniciá-las no idioma: dando
casca para a primeira, dando
som para a segunda; dando
quarta dando um quase-nome.
(B)
Ou dar beleza a lepidópteros
que de noite se incendeiam,
como os vaga-lumes (que
palavras dá se der para
todas as borboletas).
Ou descrever a beleza de
uma asa, uma só
estrutura de cor clara e negra.
Ou batizar de outro nome
essas asas que não de cigarras seja.
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