Pelos campos fui
entre o sol e o céu
carregando um cajado
e pensando em D'us.
O caminho de areia
me lembrou um deserto
(não de tentação, mais de vida).
E de certo a natureza disso
entendia.
E fui cantando hinos,
calculando versos, admirando
flores e aves brancas e negras
que não pude recordar
de nome.
As mariposinhas voavam
entre mim e as flores.
E com o cajado eu tentava
fazer que uma pousasse
bem na ponta.
Morte e vida
se encontrava ali
entre o nada e o tudo.
E na canção do vento
entre bovinos e casas
de fazendeiros
vi e senti o meu
ver camponês
ardendo.
E engendrei meu
cantarcaico ritmo
nesse paraíso
cheio de pedras
e nuvens, trocos
e galhos quebrados.
Até que a estrada
em si mesma
se findou. Era
a hora do regresso.
O mesmo caminho
sem mistério, enigma.
E o sol queimava
o meu ser e os outros
seres.
E eu retornei
-alegrecontente-
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