sábado, 2 de abril de 2016

Ode ao primeiro poema



Como um pesado
caranguejo 
saltaste de mim
liso como a 
grama,
claro 
como 
uma estrela.
Parecia
um sapo
sentado
em silêncio.
Parecia
uma mariposa
avermelhada de
azul.
Ai, 
e como 
sangravas de amor
cheia de coisas obscuras.
E fui compondo lentamente
a queimadura da palavra,
fui abrindo o litoral
verde e puro como o
lodo.
E estavas ali,
azulado como
o céu.
E para ela eras como
uma lágrima de
açúcar, 
e para ele
eras como
um martelo
inexplicável
de sentimentos.
E tudo era puro
como uma gaivota
usando uma gravata
roxa.
E mais nada tinhas.
E por isso
continhas
tudo!

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