sexta-feira, 29 de abril de 2016

Ode ao infinito



-para m. mendes e i. Nery


(A)

Esse é o abismo
esse é o canto,
a única rocha
infestada de vida,
de lágrimas e de
imensos sonhos.

Ali está a mão do
artista, do poeta, do pintor.
Expressam em sangue e em
lágrimas suas irraciona-
lidades humanas.
Choram, eis um poema
sorriem, eis uma pintura
nua, dura, crua, suja de
tinta e de amor (não o
amor real, mais o amor
real de real do real ao real).


(B)

Ferindo o próprio ser
e construído um universo
múltiplo de estrelas dentro
de um universo múltiplo de
estrelas.
Com o direito do sonho e
da arte, com o direito de não
sê-lo para aprende-lo

no mais fundo do
próprio ser,
quase preso ao
próprio esqueleto.

Pousando em 
forma de mariposa
mãos azuladas
de tinta, de cosmo.
Colocando nas
pedras o mar
e a serenidade,
rios e sorrisos.


(C)

Quem mais contará
comigo as belezas
e as angústias do
infinito?

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