quarta-feira, 27 de abril de 2016

a pedra de mandelstam



Em tua pedra poética
o teu ser se desmembra
com tal ousadia e veemência
que chega a vomitar existência.

Ali cantaste o quê mesmo?
A romã pagã de outrora? a rússia
sem coerência poética? mais
em tuas palavras defecaste
                                          em beleza...

tão bela
que chega 
assustar
o contemplado.

e nesses teus gritos
tão silenciosos em voronej
eis a marca mais bela e pura
do teu retrato mais poético. 


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