terça-feira, 15 de julho de 2014

DANÇA

A viva agitação da vida,
cortante como o arame do cafezal.
aberta como a luz das estrelas distantes.
Indo sem saber para onde, junto
da multidão inumerável do silêncio.

Abre o teu seio para mim, amada,
imperatriz dos olhos puxados e rainha
dos povos azuis, cinzas e amarelos.

Se troco de de repente  de assunto
no meu canto diáfano,
me perdoem todos, mas
eu amo tanto!

Agora canto
para que a noite não me 
consuma
com tristeza e 
loucura.

Canto para ti, feiticeira do amor,
rainha das ilhas perdidas.
Por que me encanta cantar
com tua boca o meu
coração de litoral profundo.

Ah, vem que te espero
nesse mistério, ó rainha
das frutas estranhas.

Nessa dança poética
que salta dos meus
dedos para ti, nas
tuas longínquas terras
maravilhosas

(óh pernas formosas).

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