terça-feira, 9 de setembro de 2025

Perdido



Perdido no balanço da maré,

onde a lua se esconde entre nuvens cinza,

caminho devagar,

sem direção, sem cais, sem abrigo.


O vento sussurra segredos que não entendo,

as árvores dançam,

mas ninguém me olha,

ninguém me chama.


As ondas quebram no silêncio,

e meu coração escuta o próprio eco,

um compasso lento,

como se o mundo tivesse esquecido meu nome.


Procuro uma estrada,

mas o chão some sob meus pés,

e tudo que vejo é a memória de coisas que já se foram,

rostos que se desfazem no ar.


O céu chora nuvens que parecem velhos amigos,

e eu fico aqui,

entre saudade e esquecimento,

perdido como um acorde que não termina.


O sol se esconde atrás do horizonte,

e eu sigo, sem mapa, sem bússola,

com apenas a música da própria solidão,

a melodia de quem nunca encontra porto.


Perdido…

mas talvez haja beleza nisso,

uma poesia no vagar,

um refrão que repete:

“Mesmo perdido, ainda sou.”




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