Perdido no balanço da maré,
onde a lua se esconde entre nuvens cinza,
caminho devagar,
sem direção, sem cais, sem abrigo.
O vento sussurra segredos que não entendo,
as árvores dançam,
mas ninguém me olha,
ninguém me chama.
As ondas quebram no silêncio,
e meu coração escuta o próprio eco,
um compasso lento,
como se o mundo tivesse esquecido meu nome.
Procuro uma estrada,
mas o chão some sob meus pés,
e tudo que vejo é a memória de coisas que já se foram,
rostos que se desfazem no ar.
O céu chora nuvens que parecem velhos amigos,
e eu fico aqui,
entre saudade e esquecimento,
perdido como um acorde que não termina.
O sol se esconde atrás do horizonte,
e eu sigo, sem mapa, sem bússola,
com apenas a música da própria solidão,
a melodia de quem nunca encontra porto.
Perdido…
mas talvez haja beleza nisso,
uma poesia no vagar,
um refrão que repete:
“Mesmo perdido, ainda sou.”
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