MINHA SOMBRA DIZ ALGO
Falo somente das coisas que não sei,
Da morte, fria que me embaça.
Ah, mesmo que eu grite que me basta
A Sombra maldita me persegue o ser.
Eu vejo do outro lado do muro
A morte sombria em sua capa,
Segurando nas mãos a foice
Pronta para me dar a cócega fatal.
E eu, cheio da gargalhada divina,
Me coloco nesse saco de gueto
Nessa final agonia e morro.
Por fim eu falo de coisas que não sei,
Da morte daqueles que se foram,
E da minha, que ainda não me tem.
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