A manhã pálida e triste entrou sorrateiramente no quarto onde Elizabete estava deitada. Ela abriu os olhos com espanto, e depois se levantou.
"Caralho, não posso nem dormir sossegada", ela disse para si mesma, nervosa. Se levantou e foi se pentear na frente do espelho que um dia fora de sua avó, que havia falecido uns cem anos atrás; enquanto se penteava, ela não prestou atenção que seu reflexo não estava aparecendo no espelho. Quando viu que não podia se ver no espelho lembrou que uma amiga cigana chamada Larissa havia morrido dois dias depois que seu reflexo tinha desaparecido de todos os espelhos em que olhava.
A morte deve estar perto, pensou, mas não vou ficar preocupada.
Ela se levantou, ligou a tv, colocou no canal de música e foi fazer o café. Quando se sentou para comer sua torrada reparou que na mesa estava sentada uma barata vermelha com uma gravata roxa.
Que barata esquisita, pensou, está usando uma gravata muito feia. E nem me desejou bom-dia.
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