O POETA
O poeta escreve ao som do vento
E a tarde se acaba sem ele ver.
A vida, sem querer levá-lo fora
Faz no céu estrelas acender.
O poeta com sua mão faz o verso
Assim como o que corta a cana com o facão.
O poeta soa, ainda que não no sol,
Cheio de dor, ódio, tristeza e solidão.
Eis na brava lembrança do poeta
O levar adiante o segredo do povo.
E então eis ele como fênix: escrevendo de novo.
O poeta se deita após sua batalha
E, Camões observa na aurora
Mas um verso que soa no Ocidente.
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