A lua na nossa frente
está na encruzilhada do sol,
diante do deserto sem fim e do mar
bravio de sons infinitos.
O sol cobre o céu,
a areia persegue a estrada arenosa,
o mar é uma canção de muitas fúrias antigas.
Vi um homem em cujo cobertor azulado de marfim era mais quente do que
o céu ardente.
A sinagoga perto do meu biógrafo mostrava uma clareza de orações antigas.
A rosa rubra afasta das cabanas o sol como um ladrão de escarlates
pedras nas paredes.
A canção tem no seu destino a eternidade, onde há façanhas, reinos,
florestas e espadas árduas e antigas que a memória não pode esquecer
em momento algum.
Eu consegui ver na luz e no escuro um pôr do sol muçulmanizado e uma vila quieta
onde o céu estrelado recordava mágoas e alegrias antigas...
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