segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Sem final

Sem final

Lembre bem, esse é o  
meu verso, meu último verso.
Não, esse será o primeiro,
o primeiríssimo verso.

Pulsando como um peixe,
nas palavras-grisalhas,
nas palavras-juvenis,

jovens palavras feitas de cereja,
palavras espumosas como o mar.

E se puderes recitar esse poema
sem nenhum lamento, então poderei concluir ele sem o final que imaginei.

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