Parti pelos rios,
mas era a estrada
que me levava no
carro para outro lugar.
Eu não podia me mover,
estava preso a mim mesmo.
Pedi socorro ao amor.
Quantas nuvens de silêncio.
Parti. Então cheguei ao outro
lado da aurora sem ver o sol
morrendo dentro do mar,
sem ver a lua surgindo nas
águas escuras e brancas da
brisa.
Não sei dizer se a morte
estava raiando dentro dos becos.
Parti. Parti com o rosto
cheio de vidro, com a cara
bêbada, com as mãos de ferro
entre os muros das lembranças.
Parti para existir. Parti para não ser.
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